ANI lança resultados do mapeamento dos Organismos e Infraestruturas Tecnológicas Nacionais 2024

17.Jul.2025

Ferramenta mapeia 160 organismos de cocriação e transferência de conhecimento em Portugal

Desde 2016, a Agência Nacional de Inovação (ANI) tem vindo a caracterizar o ecossistema de organizações que promovem a inovação junto do tecido empresarial em Portugal. Este trabalho identifica como Organismos Tecnológicos todas as entidades que, com ou sem personalidade jurídica, dispõem de competências e recursos próprios para a cocriação e transferência de conhecimento entre o sistema científico e tecnológico e o tecido empresarial.

A ferramenta agora lançada distingue sete tipologias de organizações: Centros de Tecnologia e Inovação, Laboratórios Colaborativos, Outros Centros de Valorização e Transferência de Tecnologia, Gabinetes de Transferência de Tecnologia, Organismos Integrados em Instituições de Ensino Superior e de I&D, Incubadoras de Base Tecnológica e Parques de Ciência e Tecnologia.

O trabalho identifica 160 organismos, que empregam cerca de 12.700 recursos humanos (em 2023), e geraram um volume de receitas de cerca de 1,35 mil milhões de euros no período de 2020 a 2023.

Esta edição introduz atualizações metodológicas, nomeadamente a distinção entre Organismos Tecnológicos (atores) e Infraestruturas Tecnológicas (instalações), alinhadas com a recente abordagem europeia. Outra inovação é a publicação do relatório em formato PowerBI, permitindo ao leitor personalizar a sua análise, nomeadamente ao nível do tipo dos Organismos Tecnológicos, da Região NUTS II, do Domínio Tecnológico, da Área de Aplicação ou da Data de Constituição dos Organismos.

Este exercício representa uma relevante ferramenta para apoiar as empresas na identificação de potenciais interlocutores para a criação de soluções tecnológicas, e também as próprias organizações, contribuindo para o fortalecimento de parcerias. Além disso, auxilia os decisores políticos a compreenderem e potencializarem a atuação destes atores.

O levantamento procurou também identificar as Infraestruturas Tecnológicas disponibilizadas pelos Organismos mapeados, de acordo com as seguintes definições:

  • Laboratórios ou outras Instalações de Teste: ambientes físicos ou virtuais nos quais as empresas, a academia e outras organizações podem colaborar no desenvolvimento, teste e introdução de novos produtos, serviços, processos ou soluções organizacionais em áreas selecionadas. Os Laboratórios ou Instalações de Teste, geralmente, operam em três níveis: ambiente de laboratório, ambiente simulado e ambiente real. Frequentemente, também proporcionam acesso a outras infraestruturas científicas e tecnológicas e a apoios complementares.
  • Salas limpas: espaços fechados que permitem a manutenção de níveis de contaminação extremamente baixos. São salas bem isoladas e mantidas sob rigorosos sistemas de controlo contra contaminação do ar e em que outros parâmetros relevantes, por exemplo, temperatura, humidade, pressão ou iluminação, são controlados conforme necessário.
  • Instalações-piloto ou Instalações de demonstração: linhas de produção pré-comercial que produzem pequenos volumes de novos produtos baseados em tecnologia, ou unidades operacionais que utilizam novas tecnologias para demonstrar e testar um determinado processo industrial ou tecnologia, antes da sua implementação comercial em escala industrial. Incluem sistemas ou unidades operacionais de pequena escala projetadas para replicar e simular aspetos-chave de um processo industrial maior. O seu objetivo principal é recolher dados, avaliar a viabilidade e eficiência de um processo, testar em condições reais e identificar potenciais desafios antes de se avançar para uma implementação em grande escala.
  • Infraestruturas Digitais: ambientes digitais projetados para a realização de ensaios, testes ou simulações em diversas áreas de tecnologia e engenharia. Proporcionam uma plataforma para explorar e validar hipóteses

Relativamente às Infraestruturas Tecnológicas, e como se tratam de conceitos recentes aplicados pela Comissão Europeia, a informação recolhida não apresentou um grau de confiança suficiente para inclusão detalhada neste trabalho. A ANI reforça que, no futuro, continuará a trabalhar estes conceitos e metodologias para que possam também ser mapeadas e caraterizadas as instalações e recursos estratégicos disponibilizados através dos Organismos Tecnológicos, para melhor conhecimento e compreensão deste ecossistema.

Este trabalho pretende dar um passo em frente na identificação destes atores estratégicos, fornecendo uma base de informação ampla e diversificada, tendo em conta os interesses dos leitores, sejam eles Organismos Tecnológicos, Empresas, Investigadores ou Decisores Políticos.

Para mais informações sobre a atualização do Mapeamento de Organismos e Infraestruturas Tecnológicas Nacionais, consulte aqui.

Consulte o PowerBI aqui:

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